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De bancária a dona de brechó de luxo: faça da demissão a grande oportunidade da sua vida.

De bancária a dona de brechó de luxo: faça da demissão a grande oportunidade da sua vida.
Paulinha de Paula
jun. 12 - 10 min de leitura
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A Paula estava empregada em uma multinacional, com ótimo salário e benefícios. De repente, não tinha nada além de contas para pagar. Conheça essa história de superação e sucesso profissional! ;)

  1. A dificuldade inicial

Não é fácil. Mesmo. Mas é preciso agir. Sucesso não é sobre não sofrer, mas sim descobrir como transformar sofrimento em força e nunca desistir. Eu transformei a minha demissão em uma mola impulsionadora e me reinventei!

Eu era bancária, e acreditem se quiser: uma bancária feliz. Sempre fui muito dedicada, eu aprendi a adorar aquele ambiente de banco.

De repente, com um total de doze anos de empresa, fui demitida. Lembro que foi um dos piores momentos da minha vida. Lembro de ter chorado dois dias sem parar.

Na verdade, quando a gente é empregada sabe do risco, mas custa a acreditar que vai acontecer com a gente, sobretudo quando se tem boa conduta e desempenho; mas acontece.

Eu não podia parar de trabalhar, minha família precisava de mim, erguida, e lutando por eles. Eu não podia me dar ao luxo de viver aquele “luto”.

Existe o momento do desespero e é normal, esses momentos de conflito são fundamentais para tomada de decisão. Atualizei o meu currículo e comecei a disparar para todo lado. Mas aí pensei que talvez aquela fosse a oportunidade de recomeçar, do zero.

2. Resgatando meus pontos fortes

Eu sempre fui muito empreendedora, desde pequena quando vendia sanduíche natural na escola para ajudar em casa. Aos onze anos fui no salão de beleza do lado de casa e pedi se poderia levar os catálogos de avon e tapeware e perguntei a dona do salão quanto me daria de comissão se eu conseguisse vender alguma coisa.

Teve uma época da faculdade também que fazia bijuterias, investi R$30 em um curso e aprendi a fazer pulseiras e colares e eu vendi muito, lembro de ficar até a madrugada produzindo as encomendas, dava pra pagar o ônibus, os xerox da faculdade e ainda ajudar em casa.

Enfim, sempre gostei de fazer dinheiro, mesmo depois de começar a trabalhar no banco. Fazia bazares com as minhas amigas para vender e trocar peças de roupas e acessórios, era um sucesso.

No momento da demissão, lembro-me bem de duas amigas que me deram a maior força, uma delas me disse assim:

“Durante vários anos você preencheu esse caderninho com suas experiências, suas histórias, sua rotina... De repente esse caderninho foi arrancado de você e dói, eu sei. Mas lhe foi dado um caderno novo, em branco e nele você poderá escrever o que quiser, fazer o que quiser.”

Eu já falei pra ela o quanto essas palavras me motivaram. Já a outra falou “Monta um bazar fixo! Os teus bazares fazem o maior sucesso, você é super organizada e caprichosa, vai dar super certo!”.

3. Começando a montar o meu negócio

Parti então buscar referências e logo me lembrei de uma então dona de brechó, que eu sempre admirei. Hoje ela tem lojas lindas aqui em Curitiba, mas na época ela tinha um brechó, com atendimento em uma sala comercial no centro de Curitiba.

Um brechó lindo, pequeno, mas impecável, cheiroso, moderno, me inspirei muito nela e ela sabe disso. Inclusive a procurei para falar do que tinha acontecido e se ela poderia me ajudar de alguma forma nesse mundo tão novo que se abria pra mim. Ela me incentivou, me vendeu muitas roupas para eu começar, me deu a maior força.

Penso que o primeiro passo para quem quer empreender é: ache quem te inspire. Quem já faz bem o que você gostaria de fazer? A maioria das pessoas sente prazer em contar a sua história e ajudar. A maioria das pessoas do mundo são de bem, eu super acredito nisso.

4. Deixando o julgamento alheio de lado

Antes de continuar, quero falar sobre um assunto MUITO importante: vergonha, julgamento e dar importância a opinião negativa dos outros.

Duas verdades absolutas, a primeira é que você nunca vai agradar todo mundo e segundo, ladrões de sonhos existem SIM, ainda mais nesse mundo de exposição excessiva.

Lembro bem de um comentário que chegou aos meus ouvidos “Nossa, a Paula? Aquela que tinha aquele cargo no banco tá vendendo roupa usada? Que decadência”. Eu não dei bola, porque o que eu precisava era colocar dinheiro dentro de casa. Era digno, era lícito e é isso que interessava.

E não porque eu não me importo com a opinião dos outros, eu me importo muito, mas simplesmente escolhi a quem dar ouvidos. Eu conheço muitas pessoas que sonham com projetos simples e lindos, mas se importam tanto com o que vão dizer que temo que seus sonhos nunca virem realidade.

Assim como minha amiga me disse, você pode o que quiser. Só não deixe de fazer pelo o que os outros vão pensar.

Para dar início ao meu negócio, procurei minhas amigas e falei sobre a possibilidade de vender suas peças em consignação. Em uma semana eu estava com mais de 300 peças na minha casa. Montei uma arara no meu quarto, lavei as roupas, passei, etiquetei e comecei a divulgar para minhas amigas e pedir indicações.

Em um mês eu já tinha quatro araras cheias de roupas lindas e tomei conta da sala da casa da minha mãe. Foi incrível. Muito melhor do que eu imaginava.

Lembro de ter anotado cada feedback, ir melhorando a cada dia, cuidando do atendimento e da qualidade das peças.

Eu não queria investir dinheiro, tinha muito medo de perder o dinheiro que tinha economizado minha vida inteira, sempre fui muito pé no chão e sempre tive muito medo de passar ou pior, ver a minha família, passar necessidade. As peças consignadas eram um meio de não investir em estoque, mas eu senti que podia mais.

5. Crescendo o negócio

Foi quando eu comecei a me capacitar como empreendedora e então pude perceber que eu tinha tudo para ter sucesso, mas também percebi onde eu tinha que melhorar, porque o empreendedor tem que “sentir o cheiro” do próximo passo. Não dá para estagnar. Empreender é estar em constante busca por melhorias, no seu negócio e em si mesmo.

Foi então que me senti motivada a alugar um espaço, investir em mobiliário, deixar de trabalhar com consignação, ter enfim meu próprio estoque e finalmente formalizar a empresa, SIM, não era mais uma brincadeira ou um plano B, era a materialização da MINHA empresa.

Além disso, procurei diferenciais para o meu negócio. Atendimento personalizado, com hora marcada, em um ambiente seguro e aconchegante já eram diferenciais, mas eu queria mais. Queria valor agregado.

Foi então que eu decidi buscar um curso de formação de Consultoria de Imagem e então eu pude oferecer o serviço de Personal Stylist às minhas clientes no momento da sua compra na loja, sem custo adicional e foi aí que o meu negócio deslanchou.

6. Lições que aprendi

Não é fácil mudar de empregada a empresária. Porque quando você é empregada trabalhando mais, ou trabalhando menos o seu salário está garantido. Sua jornada de trabalho é pré-definida, suas férias, etc.

A partir do momento que você decide empreender, e sim, é uma decisão, é você que decide quanto você quer ganhar. Se trabalha mais, ganha mais. Mas para isso tem um preço.

Lembro que no começo eu atendia de domingo a domingo, sem feriado e até tarde da noite, e isso foi extremamente necessário para que eu construísse a carteira fiel de clientes que tenho hoje, que continuam a ser atendidas com muito carinho e dedicação, mas agora em um horário bem mais limitado.

Hoje tenho uma rotina maravilhosa, cuido do meu marido, da minha casa, das minhas plantas, faço minhas aulas de dança na hora do almoço, almoço com a minha mãe e produzo meu próprio dinheiro, adoro essa expressão.

Hoje sei exatamente quanto é meu lucro em cada peça, sei me organizar, negociar, fiz meu Plano de Negócios e estudo de mercado; mas não fiz tudo isso antes não, além de não ter tido possibilidade de parar para planejar meu projeto de empresa, eu tinha ânsia de ver se tinha potencial de dar certo.

Eu sempre falo que é como se eu tivesse colocado a roda pra rodar e aos poucos fosse colocando os parafusos e tudo mais que faltava. E olha, deu certo assim.

Na minha opinião é muito mais importante você ter a coragem e a atitude de agir do que passar anos planejando e não avançar e nunca transformar o seu sonho em uma meta, totalmente realizável.

Enfim, desejo para que quer empreender ou quem está começando muita persistência e dedicação. Não se deixe abater, avalie o cenário e considere as possibilidades. Ouça as pessoas certas e não ligue para os julgamentos e as opiniões negativas.

Procure uma referência, ache quem te inspire. Teste antes de investir, mas saiba identificar o momento certo de arriscar. Busque capacitação, constantemente. Diferencie-se. Trabalhe duro. O sucesso será consequência.

Gostou? Conheça e apaixone-se pelo brechó da Paula!

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